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Na denúncia apresentada contra Flávio Bolsonaro, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) também listou acusações contra a esposa do senador, Fernanda Bolsonaro, indicando como parte do processo que o casal realizava uma série de pagamentos de contas e outras despesas pessoais utilizando sempre dinheiro vivo, segundo informações do jornal O Globo. Empregadas domésticas, escola das filhas e até mesmo impostos, como ITBI e IPTU, eram quitados sempre em espécie.
Um fato que chamou a atenção do órgão é que, apesar do intenso uso de moeda corrente, as contas bancárias do casal não apresentavam movimentações de saque. A promotoria identificou que Fernanda não realizou nenhuma retirada em dinheiro de sua conta entre agosto de 2010 e dezembro de 2014.
As investigações estimam que os desvios de recursos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, as chamadas “rachadinhas”, tenham girado em torno de R$ 4,23 milhões durante o período em que Flávio Bolsonaro cumpriu mandato como deputado estadual. “Por isso, resta evidente a utilização de dinheiro em espécie desviado da Alerj pelo esquema das “rachadinhas” no pagamento de despesas pessoais do líder da organização criminosa e de sua família”, diz o MP.
