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Flávio Bolsonaro declarou ainda que a Defesa deveria se manifestar oficialmente sobre as vulnerabilidades das urnas eletrônicas, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não acate as recomendações feitas pela pasta.| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não poderá conter as reações de seus apoiadores que venham a contestar o resultado das eleições de outubro no país. As declarações foram feitas em entrevista ao Estadão, publicada nesta quinta-feira (30). Segundo ele, o presidente da República jamais estimularia algum tipo de protesto por um eventual revés nas urnas, como ocorreu nos Estados Unidos, e que, por isso, insiste para que as eleições ocorram “sem o manto da desconfiança”.

“Como a gente tem controle sobre isso? No meu ponto de vista, o Trump não tinha ingerência, não mandou ninguém para lá (ao Capitólio). As pessoas acompanharam os problemas no sistema eleitoral americano, se indignaram e fizeram o que fizeram. Não teve um comando do presidente e isso jamais vai acontecer por parte do presidente Bolsonaro”, afirmou o senador, sem confirmar se o pai reconheceria ou não o resultado das urnas em caso de derrota.

O parlamentar destacou ainda que a Defesa deveria se manifestar oficialmente sobre as vulnerabilidades das urnas eletrônicas, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não acate as recomendações feitas pela pasta para aumentar a transparência do processo eleitoral no país. “Se as Forças Armadas apontam vulnerabilidades, e o TSE não supre, é natural que essas pessoas tenham que se posicionar (dizendo): A gente não pode garantir que as eleições vão ser seguras”, afirmou o senador.

“Por que não atende às sugestões feitas pelo Exército se eles apontaram que existem vulnerabilidades e deram soluções? A bola está com o TSE”, declarou. Ainda de acordo com o senador, a resistência do TSE em fazer o processo eleitoral mais seguro e transparente obviamente vai trazer uma instabilidade ao processo eleitoral. “Uma parte considerável da opinião pública não acredita no sistema de urnas eletrônicas.”