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Cerca de 100 mil funcionários dos Correios em todos os estados do país decidiram entrar em greve a partir das 22 horas desta segunda-feira (17). A paralisação ocorre por tempo indeterminado e, segundo a federação nacional dos trabalhadores da empresa, ocorre em protesto contra a retirada de direitos, a privatização da empresa e a ausência de medidas para proteger os empregados da pandemia do novo coronavírus. Em nota, a Fentect afirma ter sido surpreendida com a revogação, a partir de 1º de agosto, do atual acordo coletivo, cuja vigência vai até 2021. A entidade afirma que 70 cláusulas com direitos foram retiradas, como 30% do adicional de risco, vale-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, além de adicional noturno e horas extras. Sobre o enfrentamento da pandemia, a federação relata que teve de acionar a Justiça para garantir equipamentos de proteção individual, por exemplo. Para a entidade, se trata de estratégia para precarizar e privatizar a companhia. Em nota, os Correios informaram ter um plano de continuidade de negócios para manter o atendimento à população. A estatal informou que o objetivo primordial é cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, de forma a retomar a capacidade de investimento e sua estabilidade, e manter os empregos dos funcionários.