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"Vitória"

Decisão de Fux sobre direito ao silêncio é comemorada na CPI da Covid

CPI da Covid quer investigar supostos casos de corrupção do governo
Senadores Humberto Costa, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues, da CPI da Covid, investigam suspeitas levantadas sobre a compra da Covaxin. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado/A)

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Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid-19, e Renan Calheiros (MDB-AL), relator do colegiado, comemoraram a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, que deu à CPI autonomia para analisar se a farmacêutica Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos, abusa ou não do direito de ficar em silêncio.

A leitura feita pelos senadores é que futuros depoentes pensarão "duas vezes" antes de ingressar ao STF com pedido para exercer o direito de ficar em silêncio sob a prerrogativa de estar sendo investigado pela Polícia Federal (PF). Rodrigues classificou a decisão de Fux como uma "vitória" para a CPI.

"Foi um dia vitorioso para a CPI contra as manobras jurídicas do governo e da Precisa. Repito, do governo e da Precisa. Nós sempre respeitamos o Supremo Tribunal Federal, mas estava em curso um processo de manipulação de decisões do STF", declarou, em coletiva de imprensa após o colegiado adiar o depoimento de Emanuela.

Calheiros reforçou a leitura ao colocar sob suspeita uma suposta manipulação da PF pelo governo federal. "A Polícia Federal abriu quatro meses depois a investigação dos fatos que já estavam sendo investigados [pela CPI] e, dois dias depois, a Precisa obtém habeas corpus em função da jurisprudência", criticou. Emanuela prestou depoimento à PF na segunda-feira (12).

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