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Discursos de fim de ano

Fux e Barroso criticam “ameaças” e “ataques” ao STF e ao TSE em 2021

Os ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, no plenário do STF
Os ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, no plenário do STF (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

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Em discursos de encerramento do ano do Judiciário nesta sexta-feira (17), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, lembraram, em tom de crítica, que em 2021 o Judiciário foi alvo de "ameaças" e "ataques". Sem mencionarem diretamente o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, fizeram alusão a críticas e ofensas proferidas por eles ao longo do ano e que duraram até setembro.

Fux disse que os brasileiros "permaneceram ao lado do STF, mesmo nos momentos mais tormentosos, e especialmente diante das ameaças mais duras às instituições democráticas". "A democracia venceu, pois convenceu os brasileiros de sua importância para o exercício de nossas liberdades e igualdades. No mesmo tom, o Supremo Tribunal Federal se manteve altivo e firme na defesa da Constituição e das instituições democráticas", disse na última sessão do ano da Corte.

No TSE, Luís Roberto Barroso foi mais duro e direto. "A democracia brasileira viveu momentos graves nos últimos tempos. Ameaças de fechamento do Congresso, do STF, de descumprimento de decisões e desfilo de tanques na Praça dos Três Poderes. O atraso rondou nossas vidas ameaçadoramente. Nesse ambiente, o debate público foi dominado muitas vezes ela mentira, pela desinformação e pelo ódio", disse. "O saldo positivo de tudo que passamos é que as instituições resistiram e afastaram o fantasma do retrocesso, da quebra da legalidade constitucional, das aventuras autoritárias que sempre terminam em fracasso", afirmou em seguida.

Ele voltou a criticar a pressão pela aprovação do voto impresso, bandeira de Bolsonaro que acabou rejeitada pelo Congresso. Disse que a discussão trazia a suspeita de "discussões sombrias". "Ao longo do ano, tivemos que gastar imensa energia com discussões erradas. Deveríamos estar discutindo a democratização dos partidos, que não devem ter dono."

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