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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federa (STF), criticou a proposta do voto impresso durante participação em um debate transmitido na manhã desta sexta-feira (30) pela TV Conjur. O encontro contou também com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Para Mendes, a discussão sobre o tema não passa de conversa fiada e a sugestão, na verdade, esconde uma intenção que não é boa. “Vamos parar um pouco de conversa fiada. Claro que todos nós somos favoráveis a auditabilidade da urna. Queremos que a urna seja auditável e ela é auditável. Isso sempre foi aberto e é transparente. Os próprios partidos consideram que o sistema funciona bem. Temos que melhorar sim o controle de recursos, de dinheiro e do abuso de poder político ou econômico. Nada tem a ver com este processo da urna", afirmou. “Essa polarização sobre o tema sugere um segundo propósito que parece não ser recomendável”, disse.
Um pouco antes, em outro trecho do debate, o ministro do STF usou o exemplo das eleições nos Estados Unidos para exemplificar a sua defesa do voto eletrônico. “Se estamos a falar de fraude no programa, o voto impresso não inibiria essa fraude, pois aquilo que será impresso já passou por uma programação. E nós nunca tivemos problema. Nós só chegamos ao voto eletrônico por conta de toda a nossa experiência com as fraudes no voto manual. O próprio episódio que muitos seguidores do Bolsonaro apontam como marcante, dos EUA, mostram que o problema não foi no voto eletrônico. Foi no voto manual”, disse.