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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fará uma nova "carta ao povo brasileiro", nem atenderá ao "mimimi do mercado". Em 2002, o ex-presidente escreveu uma "carta ao povo brasileiro" para acalmar o setor financeiro. "Não tem necessidade de carta ao povo brasileiro, as pessoas já conhecem o Lula. Não precisamos mais de um Palocci", disse a deputada em entrevista à coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, divulgada nesta segunda-feira (10).
Antonio Palocci foi o primeiro ministro da Fazenda de Lula, que tinha bom trânsito com investidores e empresários. Gleisi ressaltou que caso Lula vença as eleições presidenciais não haverá quebra de contratos. "A única coisa que não vamos fazer é quebrar contratos, como o Bolsonaro fez com os precatórios. O resto nós vamos fazer. E não tem mimimi do mercado. Um país que não tem dívida externa, que tem este mercado consumidor não pode ter o povo com fome e sem renda", afirmou a presidente do PT. Tanto ela, quanto Lula defenderam a revogação da reforma trabalhista em postagens nas redes sociais nos últimos dias.
Segundo a deputada, em um eventual novo governo petista o teto de gastos deve acabar. "O teto de gastos está desmoralizado e deve ser um dos primeiros a serem liquidados. Bolsonaro fez o orçamento de guerra e muitas outras coisas fora do teto aos olhos do mercado e agora querem exigir de nós respeito ao teto?", afirmou.