Senador Carlos Portinho (PL-RJ) diz ter protocolado 28 assinaturas para abertura de CPI para apurar problemas no FIES e em obras inacabadas em escolas entre 2006 e 2018.| Foto: Pedro França/Agência Senado
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Os senadores que integram a base do governo no Senado conseguiram o número necessário de assinaturas para pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades em obras públicas não concluídas entre 2006 e 2018, boa parte durante os governos de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. O requerimento foi apresentado pelo líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ). Na terça-feira (12) o parlamentar anunciou ter protocolado 28 assinaturas para que seja instaurada uma comissão para apurar problemas no Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e em duas mil escolas que estão inacabadas.

Em pronunciamento, o Portinho disse que no depoimento de Marcelo Lopes da Ponte, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a Comissão de Educação, o único fato concreto existente e que justifica uma apuração é a razão de haver duas mil escolas inacabadas até o momento no país. O senador também criticou a tentativa da oposição de criar uma CPI para investigar as denúncias de corrupção no Ministério da Educação (MEC), afirmando que o próprio ex-ministro da pasta, Milton Ribeiro, denunciou à Controladoria-Geral da União (CGU) as supostas irregularidades.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira (12) que espera a investigação de possíveis irregularidades no Ministério da Educação por ação da Polícia Federal e de órgãos de controle, não por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Ele falou que uma CPI poderia “enviesar a discussão do processo eleitoral”. A CPI do MEC perdeu força após senadores retirarem apoio.

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