Edição de 2022 da Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina| Foto: Divulgação Agrishow
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O governo federal ameaçou cancelar o patrocínio do Banco do Brasil (BB) à Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), que começa nesta segunda-feira (1º) em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, depois de um mal-estar gerado pela confirmação da presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no evento.

Na terça-feira (25), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, decidiu que não participará da feira, a principal do setor na América Latina, depois que a direção da feira informou que Bolsonaro participaria da abertura do evento, o que poderia gerar tumulto ou constrangimento. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, o presidente da Agrishow, Francisco Matturro, teria sugerido que Fávaro participasse do evento na terça-feira (2) para evitar o encontro com Bolsonaro, mas o ministro optou por não comparecer à feira.

Na sexta-feira (28), o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, questionou o patrocínio do BB à Agrishow após o episódio. “Se a @agrishowoficial não quer o governo federal no evento, não sei se @BancodoBrasil e @govbr deveriam continuar patrocinando o evento.” Na sequência, o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, fez coro a França. “Na medida em que o evento perde sua característica institucional e na medida em que houve essa descortesia com o ministro [da Agricultura, Carlos Fávaro] e com o Banco do Brasil, que iria acompanhá-lo no evento, não se justifica mais o patrocínio”, disse Pimenta, segundo a Folha.

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À publicação, o BB informou que estará presente na Agrishow por meio de sua atuação comercial para realização de negócios e atendimento aos seus clientes. “O BB tomará as medidas cabíveis se, durante a feira, houver qualquer desvio das finalidades negociais previstas.” Já a organização da Agrishow informou que não comentaria o assunto enquanto não for oficialmente notificada pelo banco.

O BB é um dos principais patrocinadores da Agrishow. Neste ano, o banco tem previsão de gerar R$ 1,5 bilhão em negócios na feira agrícola.