Uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada neste domingo (23) relata que o governo federal teria inflado a compra de caminhões de lixo nos últimos anos. A aquisição dos veículos, conforme os documentos consultados, saltou de 85 unidades em 2019 para 488 em 2021.
Segundo o texto, algumas das compras foram feitas com valores diferentes pagos pelos mesmos equipamentos e por caminhões de porte superior ao necessário para o lixo produzido em algumas cidades. Em um episódio, foram R$ 114 mil de diferença entre duas compras de veículos idênticos, feitas no intervalo de um mês.
A reportagem aponta que o processo seria resultado de parceria entre o governo de Jair Bolsonaro (PL) e o Centrão, bloco de parlamentares do Congresso de diferentes partidos que se aproximou do chefe do Executivo nos últimos anos.
De acordo com a publicação, o governo permite que o Centrão indique dirigentes de empresas do governo como a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), que conduziriam os processos de compra dos caminhões. O governo não respondeu aos questionamentos do Estadão.