Segundo o governo federal, mais de 30,4 mil indígenas vivem na área que a União destina ao usufruto exclusivo dos yanomami.| Foto: Mário Vilela/Funai/Divulgação
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O governo federal exonerou 43 servidores que ocupavam cargos de comando na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). As 38 exonerações e cinco dispensas atingem coordenadores nacionais e regionais do órgão, assessores, além do corregedor Aurisan Souza de Santana e do diretor do Museu do Índio, Giovani Souza Filho.A decisão, publicada em edição extra do Diário Oficial de segunda-feira (23), é assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Na mesma publicação o governo federal exonerou os responsáveis por comandar as equipes de 11 dos 34 distritos sanitários especiais indígenas (Dsei), subordinados ao Ministério da Saúde. A pasta informou que as substituições fazem parte do “processo natural da transição de governo” e que as exonerações não comprometem o trabalho de assistência à população indígena. Foram exonerados os coordenadores distritais de saúde indígena dos seguintes Dseis: Alto Rio Juruá (AC); Bahia; Ceará; Cuiabá; Interior Sul (SC); Leste de Roraima; Maranhão; Mato Grosso do Sul; Minas Gerais e Espírito Santo; Parintins (AM) e Porto Velho.

As exonerações acontecem em meio a uma crise sanitária indígena na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, que motivou o Ministério da Saúde a declarar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no território indígena. A situação teria sido motivada pela atividade ilegal de garimpeiros que estaria contaminando os rios que abastecem as comunidades locais, destruindo a floresta e afetando as condições de sobrevivência das populações indígenas na região.

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No último sábado (21) o presidente Lula (PT) visitou a Casa de Saúde Indígena Yanomami para onde vários indígenas estão sendo levados a fim de receber cuidados médicos, e anunciou uma série de medidas. Segundo o governo federal, mais de 30,4 mil indígenas vivem na área que a União destina ao usufruto exclusivo dos yanomami.