O Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami é um dos que mais carece de profissionais entre os territórios, com apenas 5% das vagas ocupadas.| Foto: Divulgação/Ministério da Defesa
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O Ministério da Saúde informou no domingo (22) que avalia acelerar a publicação de um edital do Programa Mais Médicos para recrutar profissionais formados no Brasil e no exterior para atuação em território Yanomami. A medida, segundo a pasta, é uma das ações do estado de emergência criado para apoiar ações de enfrentamento à desassistência sanitária dos povos Yanomami.

Segundo o governo, a crise sanitária teria resultado na morte de 570 crianças por desnutrição e questões sanitárias nos últimos anos. Uma comitiva do governo federal, com o presidente Lula (PT) e nove ministros do seu governo, deslocou-se ao estado de Roraima no sábado (21) para verificar a situação dos indígenas. Deputados do PT pedem que o Ministério Público Federal (MPF) investigue o ex-presidente Bolsonaro por “genocídio contra Yanomamis”

“Tínhamos um edital só para brasileiros. Só em seguida que faríamos um edital para brasileiros formados no exterior e, depois, para estrangeiros. Frente à necessidade de levarmos assistência à população dos distritos indígenas, especialmente aos Yanomami, queremos fazer um edital em que todos se inscrevam de uma única vez”, declarou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, em declaração reproduzida pela Agência Brasil.

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De acordo com a pasta, o governo federal vai garantir recursos para um edital em andamento, em que há 77 médicos alocados na região Yanomami. O Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami é um dos que mais carece de profissionais entre os territórios, com apenas 5% das vagas ocupadas.