Sete estados do país tiveram os superintendentes do Incra substituídos pelo governo entre a semana passada e esta terça (18), após o início de uma série de invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e Ceará. A troca dos comandos regionais é uma das reivindicações do movimento, apoiador histórico de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com publicações do Diário Oficial da União entre os dias 13 e 18 de abril, foram nomeados Nelson José Grasselli para o Rio Grande do Sul, Francisco Erivando Santos de Sousa para o Ceará, Paulo Roberto da Silva para Mato Grosso do Sul, Elias D’Angelo Borges para Goiás, Nilton Bezerra Guedes para o Paraná, Maria Lúcia de Pontes para o Rio de Janeiro e Edvânio Santos de Oliveira para Mato Grosso.
Também nesta terça (18), ministros do governo criticaram as invasões promovidas pelo movimento, principalmente à área da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Pernambuco, como Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura).
No final do mês de março, o MST criticou o presidente pela demora em trocar o comando das sedes regionais do Incra. Segundo o movimento, as substituições são necessárias para a “criação de novos assentamentos”, já que os atuais superintendentes seriam ligados ao agronegócio.