Motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo iniciaram nesta terça-feira (14) uma greve que deve durar ao menos 24 horas, após uma audiência de conciliação entre o sindicato da categoria e das empresas terminar sem acordo na tarde de ontem (13), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. Ao menos 15 empresas de ônibus foram afetadas pela paralisação. Segundo a SP Trans, que administra o transporte público na capital paulista, a paralisação afeta 713 linhas e 6,5 mil ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros no horário de pico da manhã.
Dentre outras reivindicações, os trabalhadores pedem aumento salarial com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que é de 12,47% (retroativo a maio) e a aplicação do mesmo valor no vale-refeição e na participação nos lucros e resultados. De acordo com o TRT a greve dos trabalhadores deve garantir a circulação de 80% do efetivo de ônibus durante os horários de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 60% nos demais períodos. Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária de R$ 50 mil.
Em nota, prefeitura de São Paulo disse esperar que um acordo seja concretizado em breve. “A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, lamenta a paralisação de linhas de ônibus municipais e espera que trabalhadores e empresários cheguem em breve a um acordo para que a população não seja ainda mais penalizada.”