A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e 13 sindicatos vinculados tiveram o bloqueio de R$ 2 milhões e a suspensão das mensalidades pagas pelos empregados que sustentam as entidades. A categoria contrariou determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o que levou Petrobras a pedir punições contra os sindicatos que decretaram a greve dos petroleiros nesta segunda-feira (25). A reivindicação da estatal foi acatada pelo ministro Ives Gandra, que classificou a paralisação como "afronta".
Apesar da imposição de penalidades mais rígidas pela Justiça, os sindicalistas se reuniram no início da noite, logo após a divulgação da decisão do tribunal, e decidiram manter a greve. A última vez que a Justiça autorizou um bloqueio desse tipo foi na greve dos petroleiros de 1999, a única em que houve desabastecimento de combustível. Na paralisação desta semana, no entanto, os sindicatos garantiram que o atendimento à população estaria garantido.
A estatal, na ação ao TST, reconhece paralisações em sete refinarias - Recap (SP), Reduc (RJ), Refap (RS), Reman (AM), Replan (SP), Rlam (BA) e Rnest(PE) - na Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, e em plataformas da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Cada uma dessas unidades vai gerar multa diária de R$ 2 milhões aos grevistas, segundo a determinação do tribunal de hoje. Na última sexta-feira, a liminar do TST tinha definido o mesmo valor para cada dia de greve, independentemente do número de unidades atingidas.