O ministro da Economia, Paulo Guedes, saiu em defesa da ideia do seu secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, de criar um imposto sobre transações financeiras, nos mesmos moldes da extinta CPMF, em troca da desoneração da folha de pagamentos. O objetivo, diz, é combater o desemprego. "Nós podemos propor uma desoneração forte, em troca da entrada desse imposto. Se a classe política achar que as distorções causadas pelo imposto são piores que os 30 milhões de desempregados, sem carteira de trabalho, eles decidem. É uma opção difícil, vai ser um trabalho difícil", disse em rápida fala à imprensa nesta quarta-feira (21). "O imposto sobre transações foi usado e apoiado por todos no governo Fernando Henrique. Quem criou o imposto sobre transações foi o Fernando Henrique. Todos os economistas apoiaram, porque tem uma capacidade de tributação muito rápida e intensa", completou.
Ele também confirmou que o governo enviará a sua proposta à Câmara. Segundo Guedes, a proposta do governo será "bastante conciliatória", pois terá parte da proposta do ex-deputado Hauly, em tramitação no Senado, e parte da proposta do tributarista Bernard Appy, em discussão na Câmara, além de propor mudanças no IR e a desoneração da folha, em troca da recriação da "CPMF". "Nós vamos tentar de toda a forma possível fazer uma simplificação da estrutura e ampliação da base", concluiu.