O ministro da Economia, Paulo Guedes: revolta contra greve na Petrobras.| Foto:

Ministro da Economia, Paulo Guedes sugeriu que demitiria os grevistas da Petrobras se a estatal fosse uma empresa privada comandada por ele. "Você tem excelentes salários (na Petrobras), bons benefícios, quase estabilidade de emprego e tenta usar o poder político para extrair aumento de salário no momento em que há desemprego em massa? Se fosse uma empresa privada e eu fosse o presidente, sei o que faria", afirmou. "Cheio de gente procurando emprego e tem gente fazendo greve?", criticou o ministro, em coletiva em Washington, nesta segunda-feira (25).

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), representante de uma parcela dos empregados da Petrobras, manteve a decisão de realizar uma greve de cinco dias a partir desta segunda-feira. Segundo o sindicato, algumas unidades da refinaria Rlam, instalada na Bahia, podem parar entre a noite desta segunda e terça-feira por falta de revezamento de turnos.

O ministro disse que o governo não estuda a privatização da Petrobras e nem articula demissões dos grevistas. "O que eu sei é que a Petrobras foi destruída e eles (petroleiros) estavam trabalhando lá, deveriam ter evitado", disse o ministro. Após intervenção de um repórter que afirmou que os grevistas não são os integrantes da direção da empresa - que tomaram medidas decisórias na época do escândalo de corrupção que atingiu a Petrobras, o ministro seguiu: "Por que não houve uma greve na época para parar o assalto na Petrobras?".

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