O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que seria oportunismo transformar esse momento de crise de saúde numa farra fiscal eleitoral, em alusão ao Pró-Brasil, programa para aumentar o gasto público em obras de infraestrutura "Nós temos o compromisso da responsabilidade fiscal. Tivemos uma licença para gastar este ano, mas seria muito oportunismo político, seria muita irresponsabilidade fiscal, seria imperdoável para a população brasileira se aproveitar de uma crise na saúde para transformar seja numa farra eleitoral, seja num protagonismo excessivo do ministro aqui ou ministro ali para se engrandecer". Ele completou: "Apertar o botão de gastança e sair procurando farra eleitoral é simples. O que nós temos que fazer é bater em quem pensa nisso. Bater no bom sentido. Bater internamente. Brigas internas. Nós conosco, dizendo 'olha, por aqui não'". Guedes elogiou publicamente os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Tarcísio Freitas (Infraestrutura), dois dos idealizadores do Pró-Brasil, mas não elogiou o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), outro mentor. Marinho, ex-deputado federal, é apontado como o mais interessado em retomar obras de habitação e saneamento, principalmente no Nordeste, seu reduto eleitoral.