O ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para discutir a "calamidade no Estado do Amapá". A reunião ocorreu às 14h45, não constava na agenda oficial e foi informada pela assessoria de imprensa apenas depois do fim do encontro. Alcolumbre, que é do Amapá, tem pressionado o governo por ajuda federal. Formalmente, o Estado do Amapá decretou apenas situação de emergência - não calamidade, como diz a agenda do ministro Paulo Guedes. Órgãos do governo federal estão preparados, em modo de espera, para o caso de o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), decretar calamidade pública. A calamidade permite ao governo federal antecipar pagamentos de benefícios como aposentadorias, benefícios assistenciais como BPC e Bolsa Família.
Na reunião desta quinta com Guedes, Alcolumbre foi alertado que o decreto de calamidade precisa partir do governador. Nos últimos dias, diferentes áreas da equipe econômica foram acionadas para mapear o que é possível fazer para dar suporte à população no Amapá. Um dos focos é evitar que a solução passe por uma prorrogação do auxílio emergencial, criado para a crise da Covid-19. A avaliação é que esse caminho abriria precedentes para outros Estados solicitarem o mesmo tratamento, pressionando ainda mais o caixa da União. A intenção dos técnicos é agir dentro do que já existe para situações de calamidade, como as antecipações de benefícios, justamente para evitar abrir brechas.