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O laudo de necropsia produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) mostra que o menino Henry, de 4 anos, sofreu 23 lesões na madrugada em que morreu. Presos acusados de matá-lo, o vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade) e a mãe do menino, Monique Medeiros, carregaram o corpo da criança já morta às 4h09 do dia 8 de março, conforme mostra imagem do elevador do prédio obtida pelos investigadores. Esse novo documento que embasa a investigação afirma que as lesões foram cometidas entre 23h30 do dia 7 e 3h30 do dia 8, momento em que o casal diz ter encontrado o menino morto.
Jairinho e a mãe de Henry teriam esperado 39 minutos antes de tomar a atitude de levá-lo ao hospital, de acordo com as informações do laudo de reprodução simulada. Tendo como causa principal da morte as hemorragias internas, a criança foi alvo de "ações contundentes e diversos graus de energia”, que provocaram inclusive marcas e sangramentos na cabeça, lesões no rim e no pulmão e laceração no fígado.
A tendência, dado o grau de embasamento das apurações, é que Jairinho e Monique sejam denunciados pela morte de Henry. Ao comentar a prisão do casal, a polícia explicou que a tipificação usada naquele momento era o homicídio duplamente qualificado com emprego de tortura. Jairinho e Monique também teriam coagido testemunhas - como a babá do menino, que omitiu conflitos no primeiro depoimento que deu aos investigadores.
Mais cedo, a mãe de Henry passou mal na cadeia e precisou ser levada ao Hospital Penitenciário Dr. Hamilton Agostinho de Castro, na zona oeste da capital fluminense. Ela reclamou de dores na barriga - segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), está com infecção urinária. Monique teve alta e já voltou ao Instituto Penal Ismael Sirieiro em Niterói, região metropolitana do Rio.