O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma investigação sobre possíveis irregularidades por parte do Ministério da Defesa, Exército, Aeronáutica e Marinha ao não liberarem esses leitos para pacientes com Covid-19, em meio à crise sanitária causada pela pandemia. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. No dia 17 de março, o TCU determinou que as Forças Armadas apresentassem dados sobre os hospitais militares.
As planilhas liberadas com dados, mostraram que as forças bloquearam leitos de enfermaria e UTI à espera de militares e algumas unidades têm até 85% de vagas ociosas por esse motivo. Segundo a auditoria, os hospitais com leitos livres consumiram pelo menos R$ 2 bilhões do Orçamento da União em 2020. Para os auditores, os hospitais militares poderiam fazer convênios com o SUS para aumentar o número de leitos em meio ao avanço da pandemia.
O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) declarou que irá entrar com uma ação popular contra o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para que os hospitais das Forças liberem leitos ociosos para o SUS. De acordo com o Ministério da Defesa, os hospitais das Forças também estão com número limitado de leitos. No Distrito Federal, a Defensoria Pública da União (DPU) entrou com uma ação na Justiça Federal na terça-feira (6) para que três hospitais militares sejam colocados à disposição da população civil durante a pandemia de Covid-19.