O Hospital Delphina Aziz, de Manaus (AM), que está atendendo apenas pacientes infectados pelo coronavírus, chegou ao limite e entrou em colapso, segundo relatos de funcionários ouvidos pelo jornal Folha de S.Paulo. A UTI e a sala de emergência estão lotadas, a ponto de os parentes de uma paciente octogenária terem sido orientados a levá-la de volta para morrer em sua residência. O Amazonas tem a maior taxa de infecção entre todos os estados brasileiros (19,1 para cada 100 mil habitantes) e é uma das cinco unidades da Federação prestes a entrar na chamada “fase de aceleração descontrolada” da Covid-19 – os outros são Ceará, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.
Há pacientes com coronavírus em outros hospitais da capital do Amazonas, e até quinta-feira o estado tinha 40 mortes. A prefeitura de Manaus está construindo um hospital de campanha com 100 leitos e o governo do estado alugou um hospital universitário com 400 leitos. Após dizer, na segunda-feira, que 95% dos leitos de UTI da rede pública do estado estavam ocupados, o então secretário de Saúde do estado foi substituído. De acordo com o governo, o pico dos casos de coronavírus deve ocorrer no fim de abril e começo de maio.