Nesta terça-feira (10), a Câmara dos Deputados aprovou um pedido de urgência do líder da maioria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), para votar a suspensão de efeitos de uma portaria do Ministério da Economia que permitia aumentar a cota de importação de etanol: de 600 milhões de litros por ano para 750 milhões de litros anuais com isenção de tarifa de 20%. Para Aguinaldo Ribeiro, a medida prejudica os produtores brasileiros do combustível. O projeto suspende os efeitos da portaria 547/19, da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia.
A decisão de Paulo Guedes foi entendida por parte do setor produtivo como uma contrapartida do Brasil para que os Estados Unidos abram mais o mercado para o açúcar nacional. No entanto, não houve até o momento nenhum anúncio oficial sobre o aumento da cota de importação de etanol . Na semana passada, o presidente americano, Donald Trump, chegou a publicar no Twitter uma mensagem comemorando a facilitação da entrada do produto americano no mercado brasileiro, ressaltando as boas relações "com a nação sul-americana". Posteriormente, porém, Trump apagou o tuíte. Antes de definir a ampliação da cota, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, conversou com o secretário do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Sonny Perdue, sobre a tarifa imposta pelo Brasil sobre o etanol norte-americano.