O ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, que presta depoimento à CPI da Covid do Senado nesta terça-feira (15), disse que o governo estadual não considerou a aplicação da tese da "imunidade de rebanho" como estratégia para combater o avanço da Covid-19 no estado. "Essa tese nunca foi ventilada em qualquer reunião", disse. Ele também afirmou que não recebeu orientações sobre o tema por parte de membros do governo federal.
Campêlo comandou a Saúde do Amazonas entre julho do ano passado e o início de junho de 2021. O estado viveu um colapso por conta do aumento de casos de Covid-19 nos primeiros meses de 2021, o que levou a um número elevado de mortes e internações.
A tese de "imunidade de rebanho" preconiza que a infecção de parte da população por um vírus pode fazer com que o restante da coletividade fique resistente, evitando assim a propagação da doença. A proposta, para a Covid-19, é defendida por personalidades como o médico e deputado federal Osmar Terra (MDB-RS). A maior parte da comunidade científica contesta a ideia.