"A ingerência política na Polícia Federal é perigosíssima, pois coloca o órgão totalmente à disposição do governante, que passa a se sentir a vontade para usá-la conforme seus interesses", alerta Tania Prado, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal em São Paulo e também diretora da Associação Nacional dos Delegados da PF, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo.
"Quem comanda a Polícia Federal é seu diretor-geral, que escolhe os superintendentes regionais e afins. Do contrário, a PF seria um apêndice da presidência ou até do Ministério da Justiça, não teria um diretor. Não é aceitável que um presidente se comporte dessa forma com a Polícia Federal, atropelando decisões que cabem ao diretor-geral e passando por cima até mesmo do ministro Sergio Moro, conforme sua agenda de interesses".