A conclusão do inquérito sigiloso que apura a organização e financiamento de atos antidemocráticos aberto em abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mostra a relação entre a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) com youtubers. O inquérito aponta, segundo o Estadão, que o assessor especial da Presidência Tércio Arnaud Tomaz e o Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens, atuam como interlocutores do jornalista Allan dos Santos dentro do Palácio do Planalto.
Na investigação, Tércio é apontado como elo entre governo e youtubers, que possuem acesso privilegiado a Bolsonaro e informaram faturamento de mais de R$ 100 mil por mês com anúncios nos seus canais. Além disso, em depoimento, Tércio disse repassar vídeos de Bolsonaro e participar de grupo de WhatsApp com os blogueiros para “discutir questões do governo”. A investigação ainda está em andamento e, até o momento, mais de 30 pessoas já foram ouvidas, entre elas os filhos do presidente, Carlos e Eduardo Bolsonaro. A Secom não se manifestou sobre o assunto.