O Instituto de Garantias Penais (IGP) apresentou habeas corpus coletivo contra a liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, que travou a criação do juiz de garantias no início deste ano. Os criminalistas alegam que a suspensão tem causado prejuízo a presos, que não tem as prisões revistas como determina a lei que criou a nova figura jurídica. Os criminalistas também relatam que a Corte pouco fez para discutir o tema durante o ano.
O IGP relembra que a Corte planejava realizar audiências públicas sobre o tema, mas elas foram suspensas por causa da pandemia. Por outro lado, o Supremo já organizou sessões semelhantes para discutir outros assuntos, como o Fundo Amazônia. A liminar de Fux também não foi analisado pelo plenário do Supremo até hoje. A demora para se chegar a um entendimento sobre o juiz de garantias estaria trazendo juízos a presos do País, segundo os criminalistas.
"Dentre as funções do denominado Juiz de Garantias está o controle da legalidade da prisão em flagrante - devendo ser respeitado o prazo de 24 horas para a realização desse controle, sob pena de relaxamento de prisão -, e a prorrogação do inquérito policial por até 15 dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada", aponta o IGP. Os criminalistas afirmam ainda que o juiz de garantias apenas 'reorganiza' a tarefa de supervisão que já é realizada pelo Judiciário e que é um 'progresso na garantia dos direitos dos investigados'. Ao Supremo, o IGP pede que a liminar de Fux seja suspensa até o plenário discutir o tema de vez. Não há data ainda para esse julgamento.
Instituto pede ao STF para derrubar decisão que trava Juiz de garantias
- 16/12/2020 21:47
- Por
CARREGANDO :)
Ouça este conteúdo
Publicidade
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF