Segundo Ricardo Cappelli, houve uma sabotagem deliberada de Anderson Torres, que exercia o cargo de secretário de segurança do Distrito Federal.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O interventor nomeado pelo governo do presidente Lula (PT) na área de segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Garcia Cappelli, responsabilizou diretamente o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, pelas falhas na segurança que terminaram com a invasão dos prédios na Praça dos Três Poderes. Segundo ele, houve uma sabotagem deliberada de Torres, que exercia o cargo de secretário de segurança do Distrito Federal. As declarações foram feitas nesta terça-feira (10) em entrevista para a CNN.

“O que faltou no domingo foi comando. Foi o comando e a liderança da secretaria de segurança do Distrito Federal. Posso afirmar que o que aconteceu não foi por acaso. Foi um ato de sabotagem do secretário Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro, que assumiu a Secretaria de Segurança (do DF) na segunda-feira (2), mudou todo o comando e viajou. Então o que aconteceu não foi por acaso”, afirmou.

“No domingo, dia 1º, tivemos uma posse com milhares de pessoas e uma operação de segurança extremamente exitosa e elogiada por todos. O que mudou em sete dias, da posse para a invasão? É simples. No dia 2, Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro, assumiu a secretaria, exonerou todo o comando da secretaria, mudou todo o comando e viajou. Se isso não é sabotagem, eu não sei o que é”, afirmou. “Houve uma operação estruturada de sabotagem comandada pelo ex-ministro bolsonarista Anderson Torres. Ele montou a sabotagem e fugiu do Brasil”, disse Cappelli.

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Na segunda-feira (9), um dia após as invasões, Torres se manifestou pelas redes sociais afirmando que os atos praticados em Brasília foram uma “insanidade coletiva” e que viveu no domingo “o dia mais amargo de sua vida.” Ele negou que tenha sido conivente com as manifestações. O ex-ministro está em viagem de férias em Orlando, nos Estados Unidos.