Uma nota técnica divulgada nesta segunda-feira (3) pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), órgão que estuda a região há 25 anos, mostra que a concentração de focos de incêndio na Amazônia não está concentrada em áreas já desmatadas da região, como tem afirmado o governo federal, reiteradamente. O relatório, que faz um levantamento detalhado a partir de dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revela que, em 2019, 30% do fogo registrado na Amazônia foi incêndio florestal, ou seja, de área protegida. Outros 36% estão associados ao manejo agropecuário e os demais 34%, a desmatamentos recentes. Na semana passada, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura, afirmou que 90% dos focos de incêndio ocorridos na área da Floresta Amazônia em 2019 se deram em áreas já desmatadas e que a ação não estaria derrubando porções da floresta para a abertura de novas áreas de cultivo.
Ipam rebate tese de que incêndios se concentram em áreas exploradas
- 03/08/2020 22:58
- Estadão Conteúdo