O presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Juiz de Fora (MG) nesta sexta-feira (15) para participar de uma motociata e de um evento religioso. Essa é a primeira vez que o presidente da República retorna ao local desde que sofreu um atentado em 2018, quando recebeu uma facada de Adélio Bispo de Oliveira.
Ao discursar na abertura da 43ª Convenção Estadual das Assembleias de Deus (CONAMAD), o presidente da República relembrou o episódio e falou sobre o seu processo de recuperação. “Depois de quase quatro anos eu retorno a Juiz de Fora. A maioria dos médicos que me viram naquele estado dizem que de cada 100 pessoas que levassem uma facada como aquela, apenas uma tinha chance de sobreviver. Alguns acham que é sorte. Eu acho que é outra coisa. É a mão de Deus”, afirmou o presidente.
Bolsonaro também voltou a declarar que a campanha eleitoral de 2018 deveria ter sido encerrada no primeiro turno. “Sobrevivemos. Tivemos uma campanha no primeiro turno, algo esquisito. Eu acho que ganhei no primeiro turno, mas deixa pra lá. Teve o segundo turno. Ganhamos”, disse.
Bolsonaro disse ainda que desde que assumiu o governo, preencheu o ministério com pessoas técnicas e qualificadas e que foi o primeiro presidente a ter teto de gastos para, segundo ele, para estancar a hemorragia de governos anteriores. “Vocês começam a entender quanto está valendo a minha vida pra voltar o que era antes. Estou há três anos e meio sem um dia de paz, mas entendo que é uma missão”, disse.
O presidente voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), mas elogiou o trabalho dos ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça, indicados por ele. “Sabemos que alguns naquela Praça dos Três Poderes querem ter o poder absoluto. Eu venho falando há algum tempo: essas pessoas podem muito, mas não podem tudo. Hoje vocês sabem o que é o Poder Executivo. O que é Câmara, Senado. Sabem o que é Supremo Tribunal Federal. Sabem quem são os dois que eu indiquei para lá. Que são seres humanos. Erram. Mas, na maioria das vezes tem acertado. Não preciso conversar com os dois. Raramente converso com eles. Pelo que eu conhecia deles, eu sei das suas decisões”, disse Bolsonaro.