O prefeito do Recife, João Campos (PSB), afirmou que "não tem fundamento" uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) sobre o seu pai, Eduardo Campos, ter recebido propina em uma conta na Suíça. Em nota, João relembrou que a acusação que veio à tona nos últimos dias foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão do ministro Ricardo Lewandowski.
"Eduardo Campos era um homem íntegro, correto e dedicado às missões que lhe foram conferidas pelo povo. Sua retidão foi uma marca que o acompanhou durante toda a sua vida pública, pautada, sobretudo, pela sua incansável luta pelo combate às diferentes formas de desigualdade. O meu pai sempre foi motivado pela vontade de fazer, como ele costumava dizer, a máquina moer para os que mais precisam", disse João.
A denúncia trazida à tona, neste sábado (8/4), é um desdobramento da apresentada pela Operação Lava-Jato, em junho de 2022. A promotoria acusa Eduardo Campos de receber R$ 771,5 mil em propina como forma de pagamento a um suposto favorecimento à empreiteira Odebrecht entre 2007 e 2014.
"Eduardo Campos foi eleito, seguidas vezes, o melhor governador do Brasil, sendo ainda reeleito com o maior percentual da história. Só consegue isso quem é íntegro, dedicado, competente, fazendo bem feito para quem mais precisa", completou João Campos.
Eduardo Campos morreu em 2014, vítima de um acidente aéreo, semanas antes do primeiro turno da eleição presidencial daquele ano. Campos era pré-candidato ao pleito, que terminou por eleger Dilma Rousseff (PT).