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Dois ex-funcionários da deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) acusam a parlamentar de usar sua equipe de gabinete para criar e disseminar notícias falsas e ataques contra adversários políticos. Os principais alvos, segundo a dupla, seriam desafetos criados após a ruptura com o presidente Jair Bolsonaro e incluiriam as colegas de parlamento Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP), além dos filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Em entrevista à CNN Brasil, sem revelar identidade, os dois afirmaram que funcionários eram cobrados a fazer "montagens de vídeos", "criar narrativas" e "alimentar perfis falsos" nas redes sociais, supostamente monitorados pela própria parlamentar. A reportagem mostrou ainda trocas de mensagens atribuídas à deputada. A ex-aliada é uma das que acusa o Planalto e seus aliados de envolvimento em esquemas de disseminação de notícias falsas e discursos de ódio. Nas redes sociais, a deputada classificou a reportagem como "irresponsável", "patética e mentirosa". Disse ainda que os áudios foram "forjados", que as conversas apresentadas em aplicativos de mensagens são montagens e que demitiu dois assessores "infiltrados" por governistas para roubar dados. A parlamentar afirmou também que vai processar os denunciantes e a emissora.