Alguns jornalistas brasileiros que cobrem a viagem de Jair Bolsonaro a Roma denunciaram neste domingo (31) que seguranças do presidente os atacaram e intimidaram enquanto cobriam uma manifestação de apoio ao presidente nas ruas da capital da Itália.
Segundo relatos, os ataques ocorreram quando Bolsonaro deixou a embaixada brasileira na Itália, localizada na praça de Navona, para passear e cumprimentar apoiadores brasileiros. Como aparece em alguns vídeos gravados pelos repórteres, os seguranças italianos, alguns deles policiais, embora não se identificassem como tais, tentaram impedir o trabalho dos jornalistas, empurrando-os para fora das ruas enquanto Bolsonaro tirava fotos e conversava com cidadãos brasileiros.
O correspondente do UOL Jamil Chade confirmou o ocorrido à Agência Efe e acrescentou que uma produtora da TV Globo foi empurrada, enquanto um agente de segurança torceu seu braço e tirou o telefone com o qual ela havia gravado um dos ataques. No final, depois do resto dos jornalistas ter repreendido o agente, ele jogou o telefone no chão que foi recuperado pela profissional. Chade disse que os 12 repórteres que estavam fora da embaixada vão relatar o que aconteceu à polícia italiana.
Em comunicado, a Globo disse que está buscando informações sobre os procedimentos necessário para solicitar uma investigação às autoridades italianas. A emissora também atribuiu a violência dos seguranças à "retórica beligerante do presidente Jair Bolsonaro contra jornalistas".