O grupo Jovem Pan de comunicação se manifestou na noite de domingo (1) sobre o pedido de quebra de sigilo bancário solicitado pelo relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Em comunicado, o grupo afirma que pedidos do gênero são injustificáveis, uma vez que os balanços da Jovem Pan são publicados anualmente no Diário Oficial e republicados no site oficial da empresa. Além disso, as verbas governamentais repassadas ao grupo também são públicas e podem ser conferidas pelo Portal da Transparência.
A nota também coloca em dúvida o objetivo do requerimento, uma vez que ele pede que as investigações sejam feitas a partir de 2018, sendo que o objetivo da CPI da Covid seria “apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil.” A pandemia foi oficializada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020. Dessa maneira, a acusação de Calheiros não se enquadra no fato determinado para criação da Comissão.
Confira a manifestação na íntegra:
Comunicado da Jovem Pan sobre o requerimento da CPI da Covid apresentado por Renan Calheiros
Sobre o pedido de quebra do sigilo bancário encaminhado pelo senador Renan Calheiros à CPI da Covid, a Jovem Pan vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:
Pedidos do gênero são injustificáveis. Os balanços da Jovem Pan são publicados anualmente no Diário Oficial. Para que não restem dúvidas quanto à transparência do comportamento da Jovem Pan, republicamos os balanços em nosso site. As verbas governamentais podem ser conferidas no site www.portaldatransparencia.gov.br.
Estranhamente, o requerimento estabelece que as investigações sejam feitas a partir de 2018. Segundo o documento que justificou a sua criação, a comissão foi instaurada com o objetivo de “apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil”. Como se sabe, a Organização Mundial da Saúde oficializou a existência de uma pandemia em março de 2020. A acusação de Calheiros, portanto, não se enquadra no fato determinado para a criação da CPI.
Diferentemente do que afirma Calheiros, a história da Jovem Pan comprova que, ao longo de seus 77 anos de existência, a empresa jamais disseminou fake news. Os profissionais da Jovem Pan divulgam fatos e os analisam segundo diferentes pontos de vista. O autor do pedido não especifica quais profissionais disseminaram notícias mentirosas e em quais programas isso teria ocorrido. Fica claro, portanto, que se trata de uma acusação genérica que tem por única finalidade cercear a liberdade de imprensa no Brasil.