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A Justiça Eleitoral fluminense afirmou sua competência para processar e julgar as investigações do "QG da Propina" que atingiram o ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella (Republicanos-RJ). Ao analisar um pedido do Ministério Público Eleitoral para arquivar as acusações de caixa dois e mandar o restante do caso para a Justiça comum, o juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da 16ª Zona Eleitoral, entendeu que não é possível promover o arquivamento sem aprofundar as investigações.
O magistrado também submeteu o pedido da Procuradoria Eleitoral para eventual revisão do Ministério Público Federal (MPF). Em abril do ano passado, o ministro Gilmar Mendes, do Superior Tribunal Federal (STF), decidiu que a competência para julgar o caso, em razão da suspeita de conexão com crimes eleitorais, é da Justiça Eleitoral.
A investigação envolvendo o ex-prefeito do Rio aponta que ao menos R$ 53 milhões teriam sido desviados dos cofres municipais através de empresas de fachada em nome de laranjas. Crivella nega as acusações e se diz vítima de perseguição política.