William Bonner e Renata Vasconcellos na bancada do Jornal Nacional.| Foto: Reprodução/TV Globo
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A Justiça do Rio de Janeiro encerrou o inquérito que investigava os apresentadores do Jornal Nacional, da TV Globo, William Bonner e Renata Vasconcellos, no dia 21 de janeiro. As informações são da Folha de S. Paulo. A ação havia sido aberta na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática a partir de notícia-crime apresentada pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente, Jair Bolsonaro.

A denúncia era de que a TV Globo teria descumprido uma ordem judicial, que proibiu a emissora de divulgar informações a respeito da investigação do esquema de "rachadinha". O delegado Pablo Dacosta Sartori iniciou investigação sobre suposta "desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito".

A juíza Maria Tereza Donatti, do 4° Juizado Especial Criminal, afirmou que o trancamento do inquérito é necessário para "restaurar a normalidade e resguardar o livre exercício da imprensa". A magistrada apontou uma série de irregularidades na conduta do delegado Sartori, responsável pelo inquérito. O delegado chegou a intimar Bonner e Renata para depor, em dezembro, mas a decisão foi derrubada poucos dias depois pela magistrada.

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"Conforme o dito popular, 'pau que nasce torto, morre torto'. Logo no início, nada justificava a instauração do procedimento na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Informática", ressaltou a juíza na decisão. Para Donatti, causou estranhamento que a própria autoridade policial tenha se colocado como "testemunha do fato" no registro da ocorrência.