Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli antecipou para a manhã do dia 20 de novembro a sessão de julgamento da Corte que analisa a possibilidade de órgãos como a Receita Federal, Banco Central e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – agora sob gestão do BC – compartilharem dados com o Ministério Público sem autorização do Judiciário. Inicialmente, o julgamento do Coaf no STF seria na tarde do dia 21.
Em julho, a pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro, Toffoli havia barrado esse tipo de compartilhamento de informações. O caso ficou conhecido pela investigação de movimentações financeiras suspeitas do ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz, e a suspeita da chamada “rachadinha” (devolução de parte do salário por servidores comissionados) no gabinete do filho do presidente, enquanto Flávio ainda era ex-deputado estadual do Rio de Janeiro. Segundo levantamento do Ministério Público Federal, pelo menos 700 ações e investigações foram paralisadas com a decisão de Toffoli, que pode cair com o julgamento do Coaf no STF.