A Justiça de Porto Alegre anulou nesta segunda-feira (28) a sessão da Câmara Municipal que abriu o processo de impeachment contra o prefeito Nelson Marchezan Junior (PSDB). Ao julgar o mérito, o juiz Cristiano Vilhaba Flores, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, apontou que os vereadores não poderiam ter votado a admissibilidade do processo antes de terem apreciado os projetos que tramitavam em regime de urgência e trancavam a pauta de votações. Nelson Marchezan é acusado de utilizar R$ 3,1 milhões do Fundo Municipal de Saúde em campanhas publicitárias que promoviam sua gestão em ano eleitoral. O prefeito nega as acusações e trata o caso como "factoide eleitoral". Ele é candidato à reeleição. O magistrado já tinha concedido liminar suspendendo o processo até o julgamento do mérito, ocorrido agora. Com isso, Marchezan, conseguiu suspender novamente o andamento da denúncia no Legislativo. Desde que notificou oficialmente o prefeito, em 11 de agosto, a Câmara passou a ter 90 dias para concluir o julgamento.