O ministro do STF, Alexandre de Moraes.
O ministro do STF, Alexandre de Moraes.| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

A Justiça de São Paulo condenou dois apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que realizaram um protesto em frente à residência do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O ato ocorreu em maio de 2020, em São Paulo, após o ministro suspender a nomeação de Alexandre Ramagem ao cargo de diretor da Polícia Federal, definida pelo presidente.

O engenheiro Antônio Carlos Bronzeri e o autônomo Jurandir Pereira Alencar foram condenados a 19 dias de prisão, em regime aberto, por perturbação do sossego alheio, informou o colunista Rogério Gentile, no portal UOL. Eles ainda podem recorrer da sentença. Segundo o Ministério Público, os dois usaram um carro de som e chamaram Moraes de "advogado do PCC", "ladrão", "canalha", "veado" e "corrupto" durante o protesto.

Um caixão teria sido colocado no carro de som e os manifestantes teriam ameaçado o ministro, dizendo que ele seria "defenestrado da terra" e que ele e seus familiares "jamais poderão sair nas ruas deste país". O MP considerou que o ato foi realizado com o objetivo de "intimidar" Moraes.

A defesa dos apoiadores de Bolsonaro argumentou que eles estavam em frente ao prédio do ministro para realizar uma manifestação legítima, sem qualquer tipo de "ameaça, arruaça ou ato criminoso". "O ministro primeiramente ofendeu e provocou os manifestantes, incitando-os a perder o controle para, então, poder abusar de sua posição, de sua influência e de seu cargo", disse a defesa à Justiça.