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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a indisponibilidade dos bens de Eduardo Paes (DEM) nesta terça-feira (20) por ter supostamente atuado no direcionamento de processos licitatórios para empresas de transporte. Segundo o UOL, Paes, o ex-secretário municipal de Transportes, Paulo Roberto Santos Figueiredo, e o sindicato patronal das empresas de ônibus, o Rio Ônibus, terão até R$ 240,3 milhões bloqueados. Paes é candidato a prefeito do Rio e em nota disse que o processo em questão tem como base um relatório feito, por encomenda, pelo vereador Tarcísio Motta (PSOL), seu adversário político.
O ex-prefeito usou as redes sociais para falar sobre o bloqueio dos bens. Paes afirmou que durante os anos como prefeito garantiu passagem gratuita para crianças nos ônibus do município: "Isso pode ser feito de duas maneiras, ou você aumenta o preço da passagem, que o trabalhador paga todo dia para usar os ônibus ou a prefeitura faz o ressarcimento às concessionárias, ou seja, se você não fizer esse ressarcimento quem acaba pagando a conta são os trabalhadores. Eu optei por não onerar os trabalhadores...Hoje eu tive meus bens bloqueados pela Justiça por esse motivo".
Também nesta terça, a Justiça Federal no Rio de Janeiro negou um habeas corpus pedido por Paes, que pretendia trancar a ação penal em que é acusado de fraude em licitação pública, corrupção passiva e falsidade ideológica em obras realizadas nas Olimpíadas 2016.