O ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, se tornou réu no processo que investiga supostos casos de assédio contra funcionárias do banco, revelados pelo site Metrópoles em junho do ano passado. De acordo com informações da coluna que apurou a denúncia, a Justiça Federal de Brasília aceitou a ação do Ministério Público Federal nesta quinta (30).
O processo, no entanto, corre em sigilo. Em nota, o advogado José Luis Oliveira Lima negou que o executivo tenha cometido crimes e disse acreditar que ele será absolvido. “A defesa de Pedro Guimarães nega taxativamente a prática de qualquer crime e tem certeza de que durante a instrução a verdade virá à tona, com a sua absolvição. Pedro Guimarães confia na Justiça”, diz.
Segundo as funcionárias, os supostos abusos teriam ocorrido, na maior parte das vezes, em viagens de trabalho da Caixa pelo Brasil. Nos vídeos publicados pelo Metrópoles, as mulheres afirmam terem sido convidadas por Guimarães para irem à sauna ou à piscina.
Entre as denúncias apresentadas, estão relatos de toques em partes do corpo delas sem consentimento. O presidente da Caixa também teria o costume de pedir para auxiliares mulheres irem até seu quarto de hotel para levarem objetos que ele “precisava”, como carregadores de celular ou algum documento.
Um dia depois de ser citado, Pedro Guimarães pediu demissão do cargo no banco dizendo ser vítima de uma “situação cruel, injusta, desigual e que será corrigida na hora certa com a força da vontade”.