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Uma decisão da Justiça Federal do Amazonas determinou a liberação de parte da madeira apreendida pela Polícia Federal durante operação. O caso gerou atrito entre o delegado Alexandre Saraiva e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A ação da PF na divisa do Pará com o Amazonas terminou na maior apreensão de madeira nativa da história do Brasil.
O atrito entre Salles e Saraiva teve início diante da solicitação ao Meio Ambiente para uma verificação. Em reação, Saraiva apresentou notícia-crime contra Salles no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a alegação de que o ministro dificultou a fiscalização ambiental e atuou para obstruir uma investigação que apreendeu madeira ilegal. Mais tarde, o delegado foi exonerado do cargo de superintendente da PF no Amazonas.
Saraiva criticou a decisão do ministro durante comissão na Câmara dos Deputados. "Não se pode, com análise de duas toras, anular todo esse trabalho que foi realizado pelos peritos da Polícia Federal. Se é para criticar, que se colocasse uma equipe técnica do Ibama para fazer verificação da área", declarou o delegado aos deputados.
Nesta quarta-feira (5) Salles foi ao Twitter celebrar a sentença judicial liberando a madeira. "Sempre fomos e continuamos sendo defensores da celeridade, devido processo legal e ampla defesa. Se estiverem errados que sejam punidos. Vejam, era mentira que ninguém tinha aparecido como dono da madeira e que não havia procurado a Justiça. Essa sentença de hoje desmente isso", escreveu no Twitter.