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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aposentou compulsoriamente nesta quinta (25) a juíza Ludmila Lins Grilo que, no ano passado, criticou o inquérito das fake news conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A magistrada já estava afastada das funções pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em dois processos disciplinares.
A decisão assinada pelo desembargador José Arthur Pereira Filho, presidente do TJMG, justifica a aposentadoria de Ludmila por “interesse público”, e que ela vai receber “proventos proporcionais ao tempo de contribuição”. O magistrado, no entanto, não explicou os motivos que levaram à aposentadoria.
Além de críticas ao inquérito das fake news, o CNJ alegou um suposto “desleixo” por parte da magistrada na condução dos trabalhos na Vara de Infância e Juventude de Unaí (MG), com réus presos sem sentença e soltos sem audiência, além de não comparecer presencialmente à vara.
Ludmila contestou a alegação afirmando que suspendeu as audiências presenciais no início da pandemia da Covid-19, seguindo orientação do TJMG, e que, depois, precisou atuar remotamente por receber ameaças de morte.