O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Carlos Bolsonaro (Republicanos) na investigação sobre contratação de funcionários "fantasmas" no gabinete do vereador. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) aponta a possibilidade da existência de um esquema de "rachadinha”. A informação foi divulgada pelo portal G1.
Além de Carlos, outras 26 pessoas e sete empresas também tiveram os sigilos quebrados. O filho do presidente Jair Bolsonaro está no sexto mandato consecutivo na Câmara do Rio. Para o MP, há indícios de que vários assessores nomeados para o gabinete de Carlos não cumpriam o expediente determinado pelo regulamento da Câmara e podem ser considerados funcionários "fantasmas".
A investigação sobre começou em julho de 2019. Durante a apuração, o MP identificou que Carlos manteve e utilizou grandes quantias de dinheiro em espécie durante o período como vereador. Segundo os investigadores, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta duas operações financeiras suspeitas envolvendo Carlos.
Entre as movimentações está uma no valor de R$ 1,7 milhão, feita por Rogéria Nantes Bolsonaro, mãe do vereador, entre 2007 e 2019. Carlos é sócio de uma empresa com Rogéria. Por isso, foi citado na comunicação do Coaf. A defesa do vereador afirmou que ele está a disposição da Justiça para esclarecimentos.