Ouça este conteúdo
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que o partido não fará acordos no primeiro turno das eleições de 2022. Depois da saída de Geraldo Alckmin do PSDB, a possível filiação do ex-governador de São Paulo na sigla de Kassab para se tornar vice do petista ou disputar o governo paulista era ventilada. Ele reforçou que o partido vai apoiar a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pelo menos até o fim do primeiro turno nas eleições presidenciais.
"Não faremos o vice do Lula. Não é porque é o Geraldo, fulano ou sicrano, é porque teremos candidatura própria", disse Kassab que já considera Alckmin fora dos planos do PSD para o governo de São Paulo. O presidente da sigla concedeu entrevista à Folha de S. Paulo, divulgada nesta terça-feira (21). No domingo (19), Kassab esteve no jantar promovido pelo grupo de advogados Prerrogativas em homenagem a Lula.
O encontro marcou a primeira reunião pública entre o petista e o ex-tucano. O presidente do PSD preferiu não aparecer na foto com os líderes políticos que estiveram no jantar. "Eu entendi que poderia passar para a sociedade a percepção de que estava formada uma frente de apoio ao Lula no primeiro turno. Eu não estarei com o Lula no primeiro turno, isso já foi dito a ele", ressaltou Kassab. Ele reforçou que a candidatura do partido à presidência da República em 2022 "será levada até o final no primeiro turno".
"Isso inviabiliza qualquer outro acerto. Não temos como ter o vice do Lula, qualquer que seja o nome", apontou. Kassab afirmou que o PSD pretende sair de 2022 com a terceira maior força do Congresso. A expectativa, segundo ele, é um aumento de bancada na Câmara dos atuais 35 para ao menos 50 deputados e no Senado, de 11 para 15 nomes. Além de aumentar o número de governadores, que atualmente são dois.