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Questionado pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE) sobre o aborto, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) Kassio Nunes Marques, indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), disse que, do lado pessoal, é um “defensor da vida”. “No meu lado pessoal, eu deixei claro. Eu sou um defensor do direito à vida. E tenho razões pessoais para isso”, disse o desembargador, apesar de ter dado margem a novas interpretações da legislação caso ocorra uma situação extraordinária, como uma nova pandemia, o que ele considera "inimaginável". “Dentro da quadra que está estabelecida, eu analiso com muita razoabilidade a forma atual do tratamento desta questão. Eu entendo que o poder judiciário muito provavelmente exauriu as hipóteses dentro desta sociedade", disse.
Sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, relacionada à interrupção voluntária da gravidez, o desembargador alegou que por força da Lei Orgânica da Magistratura não poderia entrar no mérito da ação. Durante a apresentação, Marques também defendeu a participação da família em sua formação de caráter e profissional e declarou que pretende “zelar pela dignidade da pessoa humana”, mas com “valorização da vida, da família e dos valores morais e cívicos brasileiros”.