Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal, o desembargador Kassio Nunes Marques começou a fazer um corpo a corpo no Senado em busca de apoio dos parlamentares. A nomeação depende do aval de, no mínimo, 41 dos 81 senadores. O magistrado deve ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) depois da oficialização da saída do decano da Corte, Celso de Mello, no dia 13. Nesta segunda-feira (5), Marques esteve no gabinete do líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO) e deve ter agenda cheia nos próximos dias para visitar os parlamentares. Outros senadores também já receberam proposta de audiência. "Ele se mostra preparado, tranquilo e sereno", disse Gomes. Na noite de sábado (3), o desembargador participou de encontro na residência do ministro do STF Dias Toffoli, que reuniu Bolsonaro e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que se tornou o principal articulador da indicação de Nunes Marques. A intenção do parlamentar é realizar a sabatina e liquidar a votação nas próximas duas semanas.