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O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) virou alvo de pedidos de cassação e renúncia após fazer declarações sobre o nazismo no Flow Podcast na última segunda-feira (7). O PT, o PP e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) defenderam nesta quarta-feira (9) que ele tenha o mandato cassado. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse nas redes sociais que pedirá a abertura de um processo no Conselho de Ética contra Kim. Outros parlamentares que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) também pediram que o deputado renuncie.
Durante a conversa no podcast, Kataguiri disse achar errada a criminalização do nazismo na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial. "O que eu defendo que acredito que o Monark também defenda, é que por mais absurdo, idiota, antidemocrático, bizarro, tosco que o sujeito defenda, isso não deve ser crime. Porque a melhor maneira de você reprimir uma ideia é… é você dando luz naquela ideia, para ela seja rechaçada socialmente e então socialmente rejeitada", disse o deputado.
Renan Calheiros apontou que o deputado, ligado ao MBL, desrespeitou vítimas do Holocausto e ressaltou que apologia ao nazismo não é protegida pelas liberdades de opinião ou de expressão. A bancada petista deve pedir a cassação de Kataguiri no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ainda nesta quarta, informou o jornal O Globo.
Nesta terça-feira (8), o procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou a abertura de uma investigação sobre o suposto crime de apologia ao nazismo que teria sido praticado por Kim e pelo apresentador do Flow Podcast, Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) também instaurou um inquérito sobre o caso. O deputado disse que sua fala foi "infeliz" e que, na realidade, defendia que as pessoas tivessem acesso às obras para "repudiar os horrores do nazismo".