Em ofício encaminhado à Corregedoria do Ministério Público Federal (MPF), a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba afirma que Lindora Araújo, subprocuradora-geral da República, fez uma "manobra ilegal" para obter bancos de dados sigilosos de investigações. De acordo com o documento, a cópia das informações teria sido realizada sem que fossem apresentados documentos ou justificativa. Araújo é uma das subprocuradoras mais próximas ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras, e também a coordenadora do grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria. Ela é responsável pela negociação do acordo de colaboração premiada do advogado Rodrigo Tacla Duran, que lançava suspeitas sobre a própria Lava Jato. Em nota encaminhada ao jornal O Globo, que revelou o ofício, a PGR afirmou que a subprocuradora realizou uma "visita de trabalho" à força-tarefa, e que o compartilhamento de dados não foi buscado de maneira informal, já que há uma solicitação para isso desde o dia 13 de maio. Três procuradores que atuavam na operação Lava Jato dentro da PGR pediram demissão.
Lava Jato de Curitiba acusa auxiliar de Aras de manobra ilegal para acessar dados sigilosos
- 26/06/2020 17:14
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