Sede do Ministério Público Federal do Paraná, onde funcinou a força-tarefa da Lava, dissolvida em 1.º de fevereiro.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo
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A Lava Jato no Paraná denunciou 11 pessoas pelos crimes de corrupção e ativa, peculato e lavagem de dinheiro que geraram prejuízo de mais de R$ 95 milhões para a estatal. Entre os denunciados estão ex-funcionários da Petrobras e do Banco Paulista. A acusação se dá na esteira da Operação Sovrapprezzo, 74ª etapa da Lava Jato, que mirou um suposto esquema de manipulação artificial das taxas nas operações de câmbio celebradas entre a instituição financeira e a petrolífera.

A Procuradoria quer que os R$ 95,6 milhões recuperados sejam revertido à Petrobras, com a devida atualização monetária. Além disso, pede que a Justiça Federal condene os acusados ao perdimento de valores e ao pagamento de danos morais em montante não inferior aos prejuízos gerados à estatal.

De acordo com a denúncia, operadores da Petrobras direcionavam o fechamento de contratos de câmbio para o Banco Paulista, que apresentava taxas não competitivas em relação aos demais bancos. Segundo os procuradores da força-tarefa, o sobrepreço gerado nos contratos era dividido entre a suposta organização criminosa, especialmente. Os crimes foram descobertos a partir das investigações sobre o pagamento de propinas pelo grupo Odebrecht e agentes públicos e políticos.

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Em nota, "o Banco Paulista informa que o objeto da Operação SOVRAPPREZZO seriam operações de sua extinta área de câmbio relativas ao período de 2008 a 2011, que já foram averiguadas anteriormente. A atual gestão do Banco Paulista desconhece as operações investigadas e informa que a Instituição sempre se pautou pela legalidade e segue todas as normas e diretrizes do Banco Central do Brasil."

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